1.. Seria conveniente não endeusar um companheiro recém-chegado, por ser ele figura exponencial da sociedade local, ou mesmo, um médico ou um sacerdote. 2.. Seria de suma importância, aproximar-se dele, não somente para deixá-lo à vontade, como também, para reforçá-lo em sua sobriedade de 24 horas, ainda muito tenra. 3.. Não conviria pensar que, por ser um veterano, você conhece de tudo e de todos em A.A. . O programa de Alcoólicos Anônimos é muito amplo e complexo, exigindo de todos nós, uma constante e apurada investigação...pelo resto da vida. 4.. Procurar compreender o companheiro mais novo em seu interesse pelas coisas da Irmandade, sem se impacientar ou responder bruscamente, quando ele opinar. 5.. Procure entender o interesse do recém-chegado pelas terapêuticas médicas ou religiosas, paralelas ao programa de A.A.. Não adianta dizer que os médicos não entendem os alcoólicos, e que para os padres ou pastores nunca beberam. O A.A. é para nós o melhor caminho, mas não é, no conceito emitido pôr Bill W., a única saída... 6.. Não tentar colocar de imediato, prematuramente, seu afilhado ou um ingressante muito simpático e inteligente em funções de responsabilidade e de serviços. Ele poderá se embaralhar e recair. 7.. Não ficar dizendo aos mais novos que o A.A. nada nos dá e que as coisas, depois de nosso ingresso, tendem a ficar mais "duras" . E que você com cinco ou mais anos de sobriedade, ainda é cheio de problemas e sem serenidade razoável. 8.. Não pense que o que deu certo para você, fatalmente dará certo para o recém-chegado. Cada programa é individual e específico a cada um de nós. 9.. Não fique augurando ou adivinhando uma possível "queda" do mais novo. Nenhum de nós é profeta em sua própria casa...quanto mais em A.A.. 10.. Não leve muito a sério os rituais ou costumes de um grupo qualquer. Trocas de fichas são bonitas, mas não são o cerne do programa. 11.. Não pense que o programa de A.A. sendo simples, direto ou caritativo, menospreze o estudo dos Passos ou das Tradições. 12.. Lembre-se que tudo evolui na vida, no mundo e no universo. Por conseqüência, também em A.A.. A única coisa que Bill nos recomendou é que mantivéssemos intacto o Princípio do Anonimato...com ou sem dinheiro. 13.. Não fique lamentando que o A.A. está mudado, que o grupo já não é o mesmo, que as coisas e os companheiros estão transformados. É isto mesmo: o mundo evolui, o grupo cresceu, passando a ter relacionamento secundário, com um número crescente de interações entre os novos companheiros BOB-nº 29- Mar/abr- 1984 |